
Mas, o que é um feliz
natal?
Roupas novas? Luzes na
sala e na frente da casa? Pintar a casa? Confraternizações? Trocar presentes?
Tudo isso é externo, é
aparência – e a essência? O nosso bem estar?
Natal é tempo de
alegria, de rever os amigos, de fazer boas ações. Mas, e durante o resto do
ano, como temos conduzido a nossa vida?
Se esperarmos para viver
bons momentos, compartilhando-os com amigos e familiares, apenas em período de
festividades como o natal, por exemplo, estamos desperdiçando as oportunidades
que, com toda certeza, surgem ao nosso redor, basta que percamos algum tempo
para percebermos.
Quase que
invariavelmente, estamos ocupados demais, cuidando das necessidades que,
diga-se de passagem, quase sempre também são criadas por nós mesmos e na
maioria das vezes nem são tão importantes assim. E por estarmos tão ocupados,
não dispomos de tempo para ver um bom filme, junto com os filhos, o marido, a
esposa, os amigos, etc.; não saímos para dançar; não praticamos esporte ou pelo
menos uma boa caminhada; não ouvimos uma boa música – e música boa é aquela que
mexe com a gente – e por que não somos mais atrevidos e procuramos aprender a
tocar algum instrumento? Eu, por exemplo, não largo a minha gaita, que anda
sempre comigo – não toco lá grande coisa, mas arranho em vários estilos musicais e faço um bocado de barulho.
Então, quando vamos ter
um tempo para nós mesmos e para o que nos é mais importante? Quando não
estivermos tão ocupados. E se não tivermos mais esse tempo? Ou se tivermos o
tempo, mas não tivermos mais a condição de usufruir dele? Talvez deixar para
viver depois não seja uma boa ideia, porque pode não existir mais esse depois.
Então, a hora de ser
feliz é agora, sendo natal ou não. Todos os dias do ano são dias propícios para
fazer o bem, para visitar os amigos, para viver bons momentos, para ser feliz.
A felicidade e alegria
do natal só serão algo concreto se tivermos construído, com nossas atitudes,
todos os dias do ano, os caminhos para essa felicidade e essa alegria.
Feliz natal! – e feliz
também todos os dias da sua existência.
Um abraço.
Gilson Tavares
Psicanalista Clínico e
Especialista em Gestão de Pessoas
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