Na
concepção de Vygotsky, educador russo do início do século XX, todo ser humano
se constitui um “ser” pelas relações que estabelece com os outros seres
humanos. E, talvez, o maior desafio no relacionamento com o outro não seja a
compreensão do outro, mas a compreensão de si mesmo.Gosto
muito desse texto nos escritos de Vygotsky, por mostrar a importância da
qualidade da relação com o outro na construção das relações humanas.
O “OUTRO”,
são todas as pessoas que não fazem parte do meu “EU” e que contribuem na
construção do SER que eu sou, pela maneira de se relacionar comigo. Deixando
claro a influência desse OUTRO na formação do SER que EU sou. Mas, é também
necessário que “EU” sou o “OUTRO” do “OUTRO”, e que também tenho influência na
construção desse “OUTRO”.
Portanto,
quando falamos de relações interpessoais, se faz necessário a compreensão de
que todos somos implicados na qualidade dessas relações, sejam elas familiares,
sociais, conjugais, amorosas, etc. e que todos temos também a responsabilidade
nessa construção.
Essencial
é o cuidado na comunicação com o outro, pois, com frequência, o modo como dizemos as coisas transmite mais informação
emocional do que o que estamos dizendo. A palavra é apenas parte da mensagem
que enviamos ao outro – a forma como falamos, a entonação da voz, a
gesticulação e a linguagem corporal dizem mais sobre o que estamos querendo
dizer do que o que realmente dizemos vocalmente.
Segundo
a Programação Neurolinguística (PNL), 7% é o que falamos, 38% é a maneira como
falamos, 55% é linguagem corporal, expressões, postura, posto que consciente ou
inconscientemente, vivemos a passar mensagens e o mundo nos dá respostas à
essas mensagens.
Mesmo
com todos os cuidados na relação com o outro, os conflitos muitas vezes são
inevitáveis, visto que somos, cada um de nós, um mundo em particular, com
gostos, pensamentos, sentimentos, desejos e opiniões próprias. Mas, o conflito
é uma mensagem que quando compreendida, pode provocar grandes mudanças, na
relação intrapessoal e na relação interpessoal.
A
Inteligência Emocional, que podemos conceituar com poucas palavras como senda a
busca do equilíbrio emocional, diante dos desafios e das exigências que a vida
nos coloca à todo momento, podemos também resumir a sua essência como sendo a
relação com o outro.
E sendo assim, podemos
praticar alguns hábitos que contribuirão para o desenvolvimento da nossa
Inteligência Emocional e para viver melhor com as pessoas ao nosso redor:
1. Ser natural na sua forma de
agir;
2. Ter respeito e consideração pelas pessoas;
3. Ser bem-humorado;
4. Ser otimista;
5. Ser um bom ouvinte;
6. Procurar compreender as razões do outro;
7. Sorrir e humanizar o que tem a dizer as
pessoas;
Um abraço e até a
próxima publicação.
Gilson Tavares
Psicanalista Clínico e Organizacional
Consultor em Gestão
Comportamental
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