A família na saúde mental e emocional

 

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Mês de janeiro é um mês quando muito se fala sobre a saúde mental. Muito se fala sobre a saúde emocional.

Um mês para abordar a importância de se trabalhar a saúde mental e a saúde emocional.

Porém, na realidade, essa importância, cuidar da saúde mental e cuidar da saúde emocional, não deveria ser enfatizada apenas no mês escolhido para se falar sobre o tema, e sim, esse é um tema extremamente importante e que deveria ser observado e ser abordado constantemente, não apenas pelas pessoas que de alguma forma lidam com a saúde mental e emocional, mas sim, pela mídia em geral e pelas instituições que cuidam e que acolhem pessoas.

Muitos olhares sobre a saúde mental e emocional, muitos segmentos, muitos setores da vida das pessoas, merecem uma atenção especial em relação à questão da saúde mental e da saúde emocional.

Mas, nesse momento, pretendo abordar uma questão essencial, quando se fala na construção de pessoas saudáveis, quando se fala nos cuidados necessários para a construção de pessoas saudáveis.

Estou falando da família.

Qual o papel da família na construção da pessoa?

Qual o papel da família na construção da sociedade?

Qual o papel da família na construção de pessoas saudáveis?

A família não transmite apenas o DNA, transmite também os padrões e os valores familiares. E não apenas a família nuclear é responsável por essa transmissão, mas também a família extensa, como os avós, os tios, os pais e avós dos pais, e por aí vai.

Alguns falam na extinção da família como modelo de formação da sociedade. Mas, a família nunca deixará de existir, o que muda são alguns valores. Novos formatos de famílias são criados, de acordo com as novas necessidades surgidas das mudanças nas relações entre as pessoas.

A família é fundamental para o bem-estar físico, mental e emocional das pessoas. A herança genética, o ambiente da concepção, a gestação, a primeira infância, tudo isso influencia fortemente para a formação da personalidade e do caráter da pessoa, mas o ambiente familiar tem um peso grande na construção dessa personalidade, contribuindo para a consolidação de traços hereditários ou promovendo mudanças na forma de atuação das pessoas.

Um ambiente familiar de harmonia, logicamente, contribui para a formação de pessoas saudáveis, fisicamente, mentalmente, emocionalmente, moralmente. Enquanto que, um ambiente de desordens e de agressões, só podem contribuir para a formação de pessoas desajustadas e de difícil convivência, consigo mesmo, com os outros ao seu redor, com o mundo.

O ambiente familiar é um espaço construído por todos os membros da família, aonde todos contribuem para a formação desse ambiente. Todos recebem influência uns dos outros, e todos também influenciam uns aos outros. Ao contrário do que podemos pensar, não são apenas os pais que constroem o ambiente familiar, mas os filhos também contribuem ativamente para essa formação.

Vivemos numa época onde vemos muitos dos valores construídos ao longo do tempo sendo transformados, e novos valores sendo construídos. Talvez, possamos perceber que sempre foi assim. A sociedade sempre esteve provocando mudanças ao longo da sua história, mas, também, sempre devemos analisar e avaliar até que pontos as mudanças podem ser saudáveis para a construção das pessoas.

Conflitos familiares são praticamente inevitáveis e podem até ser úteis, quando são utilizados para o fortalecimento dos vínculos e para promover mudanças que levem à construção de um melhor ambiente de convivência familiar.

Algumas palavras são importantes para a construção de um ambiente familiar saudável e equilibrado, que contribua para a formação de pessoas mentalmente, emocionalmente e moralmente equilibradas:

Entre essas palavras podemos encontrar, o respeito, os limites, a tolerância, a solidariedade, a cooperação, e todas as palavras que sirvam para a construção de relacionamentos saudáveis entre as pessoas.

Por essas razões, devemos pensar sempre, que famílias queremos e estamos construindo?

Como estamos contribuindo para a formação das famílias que queremos para o amanhã?

Como eu, como família, como membro de uma família, estou contribuindo, e no que preciso mudar, para a construção de um ambiente familiar mais harmonioso, mais saudável, com mais saúde mental, com mais saúde emocional?

Gilson Tavares

Psicanalista Clínico e Organizacional

Administrador, Especialista em gestão de pessoas

 

Hábitos que promovem o bem-estar e a satisfação

 

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Início de ano, quase que invariavelmente, costumamos pensar, costumamos planejar, em novas atividades, novas atitudes, que possam contribuir para o atingimento de velhos e novos sonhos, que possam contribuir para o atingimento de velhos e novos projetos.

É a decisão de começar a praticar um novo esporte, ou pelo menos, a decisão de colocar alguma atividade física na nossa programação.

É a decisão de começar a praticar uma alimentação mais saudável.

É a decisão de iniciar um novo curso.

É a decisão de aprender a tocar um instrumento musical.

Muitas vezes, esses pensamentos e planejamentos não sobrevivem aos primeiros dias do novo ano, quando nos deixamos levar pelos velhos hábitos e velhas maneiras de viver o dia-a-dia, ficando esses pensamentos e planejamentos apenas como delírios de finais de ano, mas nunca levados a sério, nunca tornados realidade.

Porém, existem algumas mudanças na nossa forma de agir que podem contribuir, se não para a total realização dos sonhos e projetos de finais de ano, mas, pelo menos, podem contribuir para promover mais bem-estar e mais satisfação nas nossas vidas.

Primeiro, já que estamos falando em sonhos e projetos, procure transformar esses sonhos e projetos em metas a serem atingidas. Procure pensar e definir metas que valham a pena e dedique tempo e esforço para conquista-las. Procure definir metas que tragam algum grau de desafio, mas também que estejam dentro da sua realidade, que estejam dentro das suas possibilidades, metas que, com esforço e dedicação você possa realmente chegar lá.

Depois, é preciso se livrar das coisas que lhe fazem mal. É preciso se livrar das coisas que só atrapalham e atrasam a sua vida. É preciso se livrar dos pensamentos negativos. É preciso se livrar das atitudes negativas.

Na sequência, preste mais atenção nas coisas que são mais importantes para você, dedique mais tempo e mais cuidados na manutenção de tudo o que lhe faz bem.  

Em seguida, procure transformar em hábitos atitudes que contribuem para o seu bem-estar e para a sua satisfação em viver.

Por exemplo:

Procure sempre utilizar palavras positivas.

Procure sempre cultivar pensamentos positivos.

Procure sempre ter atitudes positivas.

Procure ler textos positivos. Ler textos que lhe inspirem a buscar a conquista das suas metas. Ler textos que contribuam para desenvolver os seus conhecimentos a respeito da construção das suas metas.

Isso pode não ser suficiente para construir a vida que você sonhou para você, mas pode ter certeza que isso irá contribuir para a promoção de uma vida de mais bem-estar e de mais satisfação.

Mas lembre-se que a inspiração é apenas o início do processo. É preciso suar. É preciso desenvolver as habilidades necessárias para ter as atitudes necessárias para a realização das suas metas. É preciso buscar as atitudes necessárias para a construção das suas metas.

Procure dedicar mais tempo para fazer as coisas que você gosta. Dedicar mais tempos para fazer as coisas que lhe fazem bem.

Procure também vivenciar novas experiências sempre que possível.

E entre os hábitos que contribuem para promover o bem-estar e a satisfação, tem alguns que são totalmente indispensáveis.

Como por exemplo:

Aprender a praticar mais a resiliência.

Aprender a praticar mais o equilíbrio emocional.

Aprender a praticar mais a gentileza.

Aprender a praticar mais a empatia.

Aprender a praticar mais a gratidão.

Gilson Tavares

Psicanalista Clínico e Organizacional

Administrador, Especialista em gestão de pessoas

 

Evoluir é preciso

 

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 O ano terminou e começou outra vez.

Tem uma música natalina que diz mais ou menos assim “O ano termina e nasce outra vez”. Na música tem também um questionamento, “e o que você fez?”

Alguma vez já paramos para pensar nesse trecho que questiona, “e o que você fez?”

Esse questionamento pode trazer muitas interpretações.

O ano termina, e o que você fez da sua vida?

O ano termina, e o que você fez de bom no ano que está para terminar?

O ano termina, e o que você aprendeu no ano que está para terminar?

O ano termina, e o que você evoluiu no ano que está para terminar?

Esses são apenas alguns entre tantos outros questionamentos que podem ser feitos, em relação às expectativas presentes sempre em algum final de ciclo e início de um novo ciclo.

Mas nenhum questionamento pode ser mais importante do que o que questiona o que você aprendeu, o que você evoluiu no clico que terminou.

No caso, nenhum questionamento pode ser mais importante do que o que questiona o que você aprendeu, o que você evoluiu no ano que terminou.

Por que?

Porque evoluir é preciso.

Se o ano começa, termina, começa novamente, e você continua a mesma pessoa. Se o ano começa, termina, começa novamente, e você não aprende nada novo. Se o ano começa, termina, começa novamente, e você não faz nada novo. Se o ano começa, termina, começa novamente, e você não melhora nada na sua vida. Se o ano começa, termina, começa novamente, e você não melhora nada no seu mundo. Então você não percebeu ainda a coisa mais importante e mais necessária da vida, que é aprender sempre, é evoluir sempre.

Se você não evolui, você se torna ultrapassado.

Se você não evolui, você ser torna obsoleto.

Se você não evolui, você atrofia a sua mente.

Se você não evolui, você atrofia a sua vida.

Evoluir é preciso.

Evoluir é aprender a desenvolver a curiosidade.

Evoluir é aprender a desenvolver a criatividade.

Evoluir é aprender a enxergar o mundo com novos olhares.

Evoluir é se libertar de ideias e pensamentos ultrapassados.

Evoluir é se libertar de ideias e pensamentos extremistas e radicais.

Evoluir é se libertar de ideias e pensamentos que atrofiam a mente.

Evoluir é se libertar de ideias e pensamentos que levam ao fanatismo.

Evoluir é se libertar de seitas alienantes, que manipulam ideias e pensamentos.

Evoluir é compreender que os destinos da sua vida, não depende, nem do destino, nem de seres místicos ou sobrenaturais, muito menos de autointitulados escolhidos ou salvadores.

Evoluir é procurar encontrar o seu papel no mundo.

Evoluir é procurar um sentido para a sua vida.

Evoluir é compreender que o maior sentido da sua vida não pode ser encontrado em você mesmo, mas no outro.

Evoluir é compreender que, se você não faz nada para ninguém, se você não faz nada por ninguém, se você só faz por você mesmo, você ainda não entendeu nada da vida.

Evoluir é compreender que, você pode não ter feito nada do que eu falei do início até agora, você pode ter feito tudo errado até agora, mas você tem todos os dias do resto da sua vida para procurar evoluir e fazer diferente daqui para a frente.

Porque,

Evoluir é também aceitar que somos seres falhos.

Evoluir é também aceitar que somos seres que cometermos erros.

Mas evoluir é também compreender que somos seres em constante evolução.

Gilson Tavares

Psicanalista Clínico e Organizacional

Administrador, Especialista em gestão de pessoas