Chegamos ao final do mês de junho. Um mês diferente para todo o Brasil e principalmente para todos os nordestinos.
Mês de junho. O mês de se comemorar São João. Com fogueira, muito forró e claro, muita comida a base de milho.
O milho é o Ingrediente mais presente na maioria das gostosuras juninas.
E por que, todo ano, temos o milho na mesa da quase totalidade das mesas juninas?
Porque o milho foi plantado. Porque o milho foi plantado e colhido.
Se, em vez do milho, qualquer outra coisa tivesse sido plantado no seu lugar, teríamos nas nossas mesas qualquer outra coisa, menos comidas a base de milho.
Assim também é o que acontece em todas as situações e em todos os momentos da vida. Geralmente, plantamos o que pretendemos colher.
Não se pode colher melancias em terreno em que se planta sementes de limão.
Plantar milho é uma questão de escolha. Assim também como é uma questão de escolha a maioria das nossas atitudes.
Exatamente por essa razão que precisamos ter muita atenção nas nossas escolhas e nas nossas atitudes. Afinal, somos o resultado das nossas escolhas e das nossas atitudes.
São elas, as nossas escolhas e as nossas atitudes, os alicerces que constroem a nossa vida. São elas, as nossas escolhas e as nossas atitudes, os alicerces que constroem o nosso mundo.
Muitas vezes, atribuímos ao destino os resultados que colhemos na nossa vida. Outras vezes, atribuímos à terceiros, atribuímos à outras pessoas, os resultados que colhemos na nossa vida, sem percebermos que o que colhemos nada mais é do que as consequências das nossas escolhas, as consequências das nossas atitudes.
Podemos escolher o que plantar, mas não podemos escolher o que colher.
Colheremos sempre de acordo com aquilo que plantarmos. Essa é a lei mais justa da vida.
A vida é também feita de escolhas e consequências.
Não se pode fugir disso. Geralmente, colhe-se o que se planta.
Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências. Como já dizia o poeta e pensador chileno, Pablo Neruda, que ganhou o prêmio Nobel de literatura em 1971.
Deixando claro que, podemos escolher o que plantar, mas somos obrigados a colher o que semeamos, como diz também um popular provérbio chinês.
O filósofo e escritor francês Jean Paul Sartre, que ficou conhecido como representante do existencialismo, também diz que “Viver é ficar se equilibrando o tempo todo entre escolhas e consequências”.
Para ele, Sartre, o ser humano é condenado à liberdade. Segundo ele, somos seres feitos de escolhas. Por mais que eventos externos afetem as nossas escolhas, nós continuamos escolhendo.
Em um dos mais importantes romances do século XX, A insustentável leveza do ser, o seu autor, Milan Kudera, diz que, “Aquilo que não é consequência de uma escolha não pode ser considerado nem mérito nem fracasso".
Todos esses são sobre o que podemos chamar de Lei da semeadura, que permite colher aquilo que plantamos.
Podemos perceber então, que nosso futuro é determinado pelas escolhas que fazemos. Não tem como deixar este poder de decisão nas mãos de outras pessoas ou de acontecimentos externos a nós.
As turbulências na vida muitas vezes podem ser fruto de algo que plantamos antes. Afinal, sempre, depois da semeadura, vem a colheita.
Não chame de destino as consequências de suas próprias escolhas. Elas, as consequências, podem ser frutos das suas próprias escolhas.
O livre arbítrio nos concede o privilégio de plantarmos e colhermos exatamente aquilo que desejamos. A decisão está em nossas próprias escolhas.
Não julgue cada dia pela colheita que você colhe, mas pelas sementes que você planta. Frase de autor desconhecido.
A vida é a soma das consequências de cada uma de suas escolhas. As decisões que você toma hoje determinam seu futuro amanhã. Viver nada mais é que fazer escolhas continuamente. Embora algumas pareçam irrelevantes, há sempre aquelas cujas consequências nos farão companhia para sempre.
Uma coisa importante para se pensar é saber que o poder é transitório e a roda gira. Por essa razão, é sempre necessário ter muito cuidado nas escolhas que tomamos quando estamos em uma posição de poder. Podemos colher os frutos dessa escolha quando não estivermos mais nessa posição de poder.
Segundo Aristóteles, filósfo grego, “A liberdade é a capacidade de decidir-se a sei mesmo, para um determinado agir ou para a omissão.” Assim, a liberdade é a capacidade de escolher entre alternativas, para decidir algum ato voluntário.
Se não gostamos da situação presente que vivemos, podemos criar uma situação nova, fazendo novas escolhas.
Existe uma estorinha, de autor desconhecido, sobre uma suposta conversar entre um sábio e seu discípulo, que tem o seguinte diálogo entre eles.
O discípulo pergunta ao mestre. Mestre, como faço para me torar um sábio?
O mestre responde. Fazendo boas escolhas.
O discípulo responde. Mas, como fazer boas escolhas mestre?
O mestre responde, com a experiência.
O discípulo pergunta. Como adquirir experiência mestre?
O mestre responde, fazendo más escolhas.
Essa pequena estória nos mostra que é impossível viver sem fazer escolhas e mostra também que só podemos aprender sobre a vida e sobre as escolhas, fazendo escolhas.
Porém, é importante sempre lembrar que, a liberdade de escolha acarreta na responsabilidade de cada passo. Lembrar que escolher é chamar a responsabilidade para si. Lembrar que sempre responderemos pelas contas que surgem quando tomamos decisões.
Uma escolha pode ser certa ou errada, e a responsabilidade sobre as nossas escolhas é só nossa, e não podemos culpar os outros.
O filósofo e escritor francês Jean Paul Sartre, citado no início dessa reflexão, também nos deixa uma importante mensagem, quando diz que, "O mais importante não é o que fizeram de mim, mas o que eu faço com o que fizeram de mim."
Gilson Tavares
Psicanalista Clínico e Organizacional
Administrador, Especialista em gestão de pessoas
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