Nem castigo nem destino e sim causa e consequência

 

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Eu já falei várias vezes que são as nossas escolhas e as nossas atitudes que constroem a nossa vida. Hoje, quero mais uma vez voltar a falar sobre esse tema. Até porque, esse é um tema de grande relevância para a nossa vida e para o mundo, porque, essa compreensão tem um peso muito grande para a forma como existimos no mundo, para a forma como enxergamos o mundo, para a forma como nos enxergamos no mundo, para a forma como atuamos no mundo.

Por que? Porque os resultados que obtemos do mundo, na maioria das vezes, estão totalmente relacionados com a forma como atuamos no mundo.

Simples assim. Causa e consequência. Nem castigo nem destino, mas causa e consequência. Ou seja, a colheita do que foi plantado.

Muitas vezes, culpamos o mundo, culpamos as circunstancias, culpamos as pessoas, pelas nossas desventuras, pelos nossos fracassos, quando, na verdade, poucas vezes, as nossas desventuras e os nossos fracassos, são realmente, de alguma forma, por culpa do mundo, das circunstancias ou de outras pessoas.

Muitas vezes, atribuímos ao destino a razão pela qual não conseguimos realizar os nossos projetos ou a razão pela qual vivemos em uma vida de angústias, de dificuldades e de sofrimentos, como se o destino determinasse a nossa vida e não houvesse nada que pudéssemos fazer para transformar a nossa vida naquilo que desejamos.

Outras vezes, atribuímos à falta de sorte por não termos conseguido construir a vida que desejamos, esquecendo que, sorte é estar preparado para aproveitar a oportunidade quando ela aparece. E isso, sempre exige esforço e muitas vezes exige sacrifícios. Sorte é saber discernir quando a oportunidade aparece, saber perceber quando a oportunidade aparece, saber escolher a atitude certa em relação à oportunidade surgida e ter coragem para escolher abraçar a oportunidade com os melhores recursos e com as melhores atitudes que puder ter.

Existe até uma equação simples que é o melhor caminho para o insucesso na vida, o melhor caminho para não conseguir realizar os sonhos e projetos de vida. Essa equação é:

Queixar-se de tudo, reclamar de tudo, sempre encontrar algum defeito em tudo.

É também não valorizar o que tem, não valorizar o que construiu, não valorizar o que conquistou, não valorizar as pessoas que lhe fazem bem.

E fechando essa equação que contribui para o insucesso na vida, podemos dizer sem sombra de dúvida, que é culpar o mundo, as circunstancias e as pessoas pelos problemas que tem.

Podemos dizer também que existem alguns tipos de pessoas que dificilmente conseguirão realizar alguma coisa na vida. São eles:

A vítima – Aquele que sempre se ver como vítima do mundo, vítima das circunstancias, vítima da vida.

O medíocre – Aquele que se satisfaz com qualquer coisa. Aquele que faz apenas o menor esforço possível e nunca busca o seu melhor.

O idiota – Aquele que sempre se acha mais esperto que os outros e sempre acaba se metendo no que não deveria.

O ocioso – Aquele que sempre espera que as coisas aconteçam, mas não faz nada para que as coisas aconteçam.

O comum – Aquele que não se destaca em nada. Aquele que é apenas mais um em tudo o que faz. Aquele que não faz nenhum esforço para fazer o seu melhor.

O invejoso – Esse é o pior de todos eles. Esse é aquele que a conquista dos outros é sempre mais valiosa que as suas conquistas. Esse é aquele que, para esconder ou para esconder a sua incapacidade, procura diminuir o outro e as conquistas do outro. Cuidado com ele. Cuidado com o invejoso. Esse é o mais perigoso de todos.

Encontramos também o ingrato – Esse é aquele que nunca está satisfeito com nada. Esse é aquele que, por nunca está satisfeito com nada nem com ninguém, nunca saboreia as suas conquistas e nunca aproveita as oportunidades que a vida coloca no seu caminho.

Muitos reclamam tanto das suas vidas. Culpam tudo e todos pelas suas vidas miseráveis -.quando falo de vidas miseráveis não estou falando em termos econômicos ou materiais, estou falando em vidas miseráveis em termos de satisfação com a vida que construiu. E assim, insatisfeitos com a vida que construíram, muitos culpam o mundo, culpam a vida, culpa os companheiros ou companheiras, culpam os governantes, culpam até Deus. Mas não têm a capacidade de compreensão de que os únicos culpados pelas vidas miseráveis que construíram são eles mesmos.

E assim, com essa incapacidade de compreensão das suas próprias responsabilidades sobre as próprias vidas, ou mesmo pela falta de vontade de assumir as responsabilidades sobre as próprias vidas, vão apontando, ou até mesmo criando de formas artificiais e enganosas, falhas e culpas dos governantes, falhas e culpas das instituições, falhas e culpas das pessoas ao seu redor, falhas e culpas do mundo ao seu redor.

Essas pessoas, como não conseguem ter a compreensão de que, o que recebem do mundo nada mais é do que elas próprias oferecem para o mundo, culpa todos e tudo pelo que recebem, mas não percebem que os únicos culpados são elas mesmas.

Simples assim, nem castigo nem destino, mas causa e consequências. 

Gilson Tavares

Administrador, Especialista em gestão de pessoas

Psicanalista Clínico e Organizacional

 

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