Para ser feliz é preciso parar – Parte II

 

Clique aqui para ouvir o podcast 

Na publicação anterior, falamos sobre atitudes que podemos ter, que contribuem para a construção de uma vida de mais satisfação, para a construção de uma vida de mais felicidade.

No caso, não apresentamos especificamente atitudes que devemos ter, e sim, atitudes que devemos evitar para ser feliz. Coisas que fazemos e que devemos parar de fazer para ser feliz.

E hoje vamos dar continuidade ao tema, apresentando mais algumas coisas que devemos parar de fazer para ser feliz.

Para ser feliz é preciso parar de pensar que você não está pronto. Você sempre estará pronto para realizar os seus sonhos e projetos. Os principais recursos que você precisa para realizar os seus sonhos e projetos estão em você mesmo, os demais, você também pode encontrar em você mesmo as atitudes para fazer acontecer.

Para ser feliz é preciso parar de competir. Você não precisa competir com ninguém. Você não precisa provar nada para ninguém. Você não precisa ser melhor do que ninguém. Você precisa apenas ser você mesmo.

Para ser feliz é preciso parar de ter inveja. A inveja é o sentimento mais presente na vida dos medíocres. O invejoso, critica, desvaloriza ou até tenta destruir as conquistas dos outros, exatamente por se sentir incapaz de também fazer as suas próprias conquistas. Aprenda a valorizar as conquistas das outras pessoas. Aprenda a ficar feliz com as conquistas das outras pessoas. Afinal, toda conquista é fruto de algum esforço.

Para ser feliz é preciso parar de reclamar e de ter pena de si mesmo. Enquanto você tiver pena de si mesmo e só reclamar da vida, nunca vai encontrar as atitudes maduras e equilibradas para construir uma vida de realização e de felicidade.

Para ser feliz é preciso parar de guardar rancor. Guardar sentimentos de mágoas e de rancor apenas servem para lhe prender em situações, acontecimentos e pessoas que lhe fizeram mal no passado e lhe impedem de olhar para frente com serenidade e com a leveza que contribuem para uma vida melhor e mais harmoniosa.

Para ser feliz é preciso parar de culpar os outros por seus erros. Se os erros têm a função de produzir aprendizados, o primeiro passo para isso acontecer é assumir quando errar. Assumir os próprios erros é uma prova de maturidade e é também a oportunidade para consertar as consequências dos erros cometidos.

Para ser feliz é preciso parar de se envolver em relacionamentos pelas razões erradas. Ninguém precisa ser a metade da laranja de ninguém. Ninguém precisa necessariamente da presença de ninguém para ser feliz. Primeiro, você aprende a ser feliz com você mesmo, para só assim, poder compartilhar essa felicidade com outra pessoa.

Para ser feliz é preciso parar de rejeitar novas relações porque as do passado não deram certo. Se as relações do passado não deram certo, talvez seja porque os relacionamentos não tenham sido pelas razões certas. Se as relações do passado não deram certo, talvez seja por não ter sido a relação certa para você. No mínimo, as relações do passado devem servir de aprendizado, do que fazer e do que não fazer em futuras relações.

Para ser feliz é preciso parar de querer se sentir feliz o tempo todo. Isso não existe. Querer se sentir feliz o tempo todo apenas contribui para o sentimento de infelicidade.

Se sentir feliz é se sentir realizado, é se sentir satisfeito com a vida que construiu. O sentimento de felicidade com o sentido de plenitude, com o sentido de uma vida de alegrias e de prazeres o tempo todo não tem como existir, porque a vida também é feita de momentos nem tão alegres nem tão prazerosos. O que pode, e deve, fazer a diferença, é a forma como é valorizado os momentos. Se a pessoa valoriza mais os momentos bons ou se a pessoa valoriza mais os momentos não bons.

Para ser feliz é preciso parar de tentar alcançar a perfeição. Afinal, perfeição não existe. O que existe é o caminhar para a perfeição, mesmo sabendo que nunca iremos alcança-la.

A perfeição, assim como também a felicidade, são coisas que nunca iremos encontrar de forma plena. Porém, são coisas que não devemos esperar para encontrar apenas no final da caminhada da vida, e sim, devemos aprender a encontrar durante a caminhada da vida.

O sentimento de felicidade deve está relacionado sempre com o sentimento de satisfação. Com o sentimento de está satisfeito com as realizações que conseguiu. Com o sentimento de satisfação com as conquistas conseguidas. Com o sentimento de satisfação de ser a pessoa que se tornou.

Enfim. A felicidade deve está sempre atrelada com o sentimento de realização e de satisfação. Satisfação com o que conquistou na vida e satisfação com quem se tornou na vida.

Gilson Tavares

Psicanalista Clínico e Organizacional

Administrador, Especialista em gestão de pessoas

 

Para ser feliz é preciso parar

 

Clique aqui para ouvir o podcast 

Construir uma vida de felicidade é algo que todos almejam, para si mesmo e para as pessoas com as quais se importa.

Mas todos sabemos que construir uma vida de felicidade exige algum grau de maturidade, exige algum grau de sabedoria, exige também algum esforço e as vezes exige até alguns sacrifícios.

Construir uma vida de felicidade exige também a prática do equilíbrio emocional. Exige a prática de fazer escolhas com maturidade e com sabedoria. Exige a prática de conduzir as atitudes com maturidade e com sabedoria.

Construir uma vida de felicidade exige também, além de ter maturidade e sabedoria para conduzir as atitudes, exige ter maturidade e sabedoria para saber o que evitar. Exige ter maturidade e sabedoria para saber o que parar de fazer para poder ser feliz.

Para ser feliz é preciso parar de perder tempo com pessoas que sugam a sua alegria.

Para ser feliz é preciso parar de perder tempo com pessoas que sugam o seu equilíbrio.

Para ser feliz é preciso parar de fugir dos seus problemas. Os problemas precisam ser enfrentados com sabedoria e com serenidade.

Para ser feliz é preciso parar de querer resolver os problemas dos outros. Nos problemas dos outros você só pode oferecer o seu apoio ou talvez até contribuir para que os problemas sejam resolvidos, porém, os problemas dos outros são problemas dos outros, não seus.

Para ser feliz é preciso parar de mentir para si mesmo. Encare a realidade como ela é. Encare as dificuldades como elas são. Encare as suas limitações com tranquilidade e com equilíbrio. Você não é obrigado a ser forte o tempo todo. Você não é obrigado a ser o melhor em nada.

Para ser feliz é preciso parar de colocar as suas necessidades em segundo lugar. Você também merece que as suas necessidades sejam atendias, afinal, você não é diferente de ninguém, você não é nem melhor nem pior do que ninguém.

Para ser feliz é preciso parar de tentar ser alguém que você não é. Seja você mesmo sempre. Você não precisa deixar de ser você mesmo para agradar a ninguém. Só precisa ter cuidado para não magoar nem machucar ninguém no seu caminho.

Para ser feliz é preciso parar de se apegar ao passado. O passado já passou e nada que você faça pode trazer o passado de volta. Se foi bom, agradeça pelo que viveu. Se foi ruim, agradeça pelo que aprendeu com a experiência. Acima de tudo, lembre-se que o passado já passou, não use o seu passado para justificar o seu presente. O passado já foi, o presente você está vivendo agora.

Para ser feliz é preciso parar de se apegar à coisas. Coisas são apenas coisas, por mais importantes que sejam. Claro que todos almejamos coisas que satisfazem os nossos desejos e para isso fazemos tantos sacrifícios e esforços, e não tem nada de errado com isso. Só precisamos aprender a não deixar que sejam as coisas que desejamos que ditem a forma como vamos viver a nossa vida.

Para ser feliz é preciso parar de ter medo de cometer erros. Todos cometemos erros. Afinal, somos seres falhos, e sempre seremos. Só precisamos ter o cuidado de não viver cometendo os mesmos erros. Devemos aprender sempre algo com os erros que cometemos, para cometer erros novos, os mesmos erros não.

Para ser feliz é preciso parar de se reprender pelos erros do passado. Afinal, são eles, os erros do passado, que contribuíram para a construção da pessoa que somos hoje. Se não fosse os erros que cometemos no passado, não tínhamos construído a maturidade e a sabedoria que temos hoje.

Para ser feliz é preciso parar de tentar comprar felicidade. Felicidade não se compra, felicidade de constrói. Isso não significa dizer que bens materiais não contribuem para a felicidade, claro que contribuem, mas não deve ser a coisa mais importante. Podemos ser felizes mesmo sem termos tantos bens materiais.

Para ser feliz é preciso parar de tentar encontrar felicidade fora de você. A felicidade sempre estará dentro de você, basta encontrá-la. Enquanto você acreditar que a sua felicidade precisa depender de pessoas, enquanto você acreditar que a sua felicidade depende de coisas, você não vai aprender a procurar a felicidade dentro de você mesmo.

E é só dentro de você mesmo que você pode encontrar a felicidade, nunca fora de você.

Procure e encontrará.

Gilson Tavares

Psicanalista Clínico e Organizacional

 

Nem castigo nem destino e sim causa e consequência

 

Clique aqui para ouvir o podcast

Eu já falei várias vezes que são as nossas escolhas e as nossas atitudes que constroem a nossa vida. Hoje, quero mais uma vez voltar a falar sobre esse tema. Até porque, esse é um tema de grande relevância para a nossa vida e para o mundo, porque, essa compreensão tem um peso muito grande para a forma como existimos no mundo, para a forma como enxergamos o mundo, para a forma como nos enxergamos no mundo, para a forma como atuamos no mundo.

Por que? Porque os resultados que obtemos do mundo, na maioria das vezes, estão totalmente relacionados com a forma como atuamos no mundo.

Simples assim. Causa e consequência. Nem castigo nem destino, mas causa e consequência. Ou seja, a colheita do que foi plantado.

Muitas vezes, culpamos o mundo, culpamos as circunstancias, culpamos as pessoas, pelas nossas desventuras, pelos nossos fracassos, quando, na verdade, poucas vezes, as nossas desventuras e os nossos fracassos, são realmente, de alguma forma, por culpa do mundo, das circunstancias ou de outras pessoas.

Muitas vezes, atribuímos ao destino a razão pela qual não conseguimos realizar os nossos projetos ou a razão pela qual vivemos em uma vida de angústias, de dificuldades e de sofrimentos, como se o destino determinasse a nossa vida e não houvesse nada que pudéssemos fazer para transformar a nossa vida naquilo que desejamos.

Outras vezes, atribuímos à falta de sorte por não termos conseguido construir a vida que desejamos, esquecendo que, sorte é estar preparado para aproveitar a oportunidade quando ela aparece. E isso, sempre exige esforço e muitas vezes exige sacrifícios. Sorte é saber discernir quando a oportunidade aparece, saber perceber quando a oportunidade aparece, saber escolher a atitude certa em relação à oportunidade surgida e ter coragem para escolher abraçar a oportunidade com os melhores recursos e com as melhores atitudes que puder ter.

Existe até uma equação simples que é o melhor caminho para o insucesso na vida, o melhor caminho para não conseguir realizar os sonhos e projetos de vida. Essa equação é:

Queixar-se de tudo, reclamar de tudo, sempre encontrar algum defeito em tudo.

É também não valorizar o que tem, não valorizar o que construiu, não valorizar o que conquistou, não valorizar as pessoas que lhe fazem bem.

E fechando essa equação que contribui para o insucesso na vida, podemos dizer sem sombra de dúvida, que é culpar o mundo, as circunstancias e as pessoas pelos problemas que tem.

Podemos dizer também que existem alguns tipos de pessoas que dificilmente conseguirão realizar alguma coisa na vida. São eles:

A vítima – Aquele que sempre se ver como vítima do mundo, vítima das circunstancias, vítima da vida.

O medíocre – Aquele que se satisfaz com qualquer coisa. Aquele que faz apenas o menor esforço possível e nunca busca o seu melhor.

O idiota – Aquele que sempre se acha mais esperto que os outros e sempre acaba se metendo no que não deveria.

O ocioso – Aquele que sempre espera que as coisas aconteçam, mas não faz nada para que as coisas aconteçam.

O comum – Aquele que não se destaca em nada. Aquele que é apenas mais um em tudo o que faz. Aquele que não faz nenhum esforço para fazer o seu melhor.

O invejoso – Esse é o pior de todos eles. Esse é aquele que a conquista dos outros é sempre mais valiosa que as suas conquistas. Esse é aquele que, para esconder ou para esconder a sua incapacidade, procura diminuir o outro e as conquistas do outro. Cuidado com ele. Cuidado com o invejoso. Esse é o mais perigoso de todos.

Encontramos também o ingrato – Esse é aquele que nunca está satisfeito com nada. Esse é aquele que, por nunca está satisfeito com nada nem com ninguém, nunca saboreia as suas conquistas e nunca aproveita as oportunidades que a vida coloca no seu caminho.

Muitos reclamam tanto das suas vidas. Culpam tudo e todos pelas suas vidas miseráveis -.quando falo de vidas miseráveis não estou falando em termos econômicos ou materiais, estou falando em vidas miseráveis em termos de satisfação com a vida que construiu. E assim, insatisfeitos com a vida que construíram, muitos culpam o mundo, culpam a vida, culpa os companheiros ou companheiras, culpam os governantes, culpam até Deus. Mas não têm a capacidade de compreensão de que os únicos culpados pelas vidas miseráveis que construíram são eles mesmos.

E assim, com essa incapacidade de compreensão das suas próprias responsabilidades sobre as próprias vidas, ou mesmo pela falta de vontade de assumir as responsabilidades sobre as próprias vidas, vão apontando, ou até mesmo criando de formas artificiais e enganosas, falhas e culpas dos governantes, falhas e culpas das instituições, falhas e culpas das pessoas ao seu redor, falhas e culpas do mundo ao seu redor.

Essas pessoas, como não conseguem ter a compreensão de que, o que recebem do mundo nada mais é do que elas próprias oferecem para o mundo, culpa todos e tudo pelo que recebem, mas não percebem que os únicos culpados são elas mesmas.

Simples assim, nem castigo nem destino, mas causa e consequências. 

Gilson Tavares

Administrador, Especialista em gestão de pessoas

Psicanalista Clínico e Organizacional